Heclãs

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sábado, 23 de outubro de 2010

teto não Familiar - Capitulo 5º


    Marian, esse é o meu filho Dlagan Onovall, vai morar conosco de hoje em diante.
- Já estava na hora de conhecê-lo. - Falou a madrasta alegre. – Só o conhecia por nome, nem foto seu pai mostrava de você sabia? Ah Gunther, ele é tão lindinho, vai ser bom ele morar conosco, eu fico tão sozinha quando você viaja, e como não podemos ter filhos mesmo por causa do que aconteceu com você, ele será como o meu filho também. Não é bom isso?
- Eu só te peço para que você não o mime tanto.
 – Falou Gunther com um pouco de desprezo. Ele tem que saber o que é a vida.
- Não se preocupe, ele vai ser bem útil nessa casa.
- Explicou Marian  – Ele vai me ajudar muito, vai ser uma alegria a mais, pois fico muito sozinha.
- Bem, eu já estou indo, o trabalho me espera. Vou pegar a estrada de novo. Se cuida Marian, e Dlagan, seja bem vindo.
        Aos seus doze anos o garoto que até então morava com a avó, finalmente se mudou pra morar com a sua madrasta e com seu pai que só o via de ano em ano, numa cidade com poucos recursos por ser tão pequena e mesmo assim, Dlagan também não quis ter amizades preferindo ficar só, até porque a maioria dos garotos da idade dele já ajudam os seus pais pra terem um pouco mais na renda do mês. E os que não trabalhavam era delinquentes. Por sorte Onovall não precisava trabalhar pra ajudar em casa, pois o pai dele ganhava o suficiente pra se manterem bem, e como não tinha irmãos ficara em um quarto só pra ele.
         Mesmo sozinho ele andava na rua por não aguentar ficar em casa por muito tempo, e muito menos em seu quarto estranho e nada familiar, se comparando ao primeiro.  Foi assim até seu quatorze anos de idade quando, ao voltar para casa um poço antes de chegar, algo de inesperado aconteceu.
- Você não gosta mais de mim é Marian? - Perguntou Gunther aos gritos.
- Não é nada disso meu amor eu só estou pedindo pra você repensar no que eu te pedi quando você voltar da viajem.
- Por que essa história de filhos de novo? Eu já te disse que eu não quero ir mais ao médico Mariam, não adianta.
- Por favor, Gunther.- Suplicou a esposa.- Talvez dê certo dessa vez, o medico falou que temos chance e eu quero ter meu próprio filho com você. É pedir demais?
- Eu não posso ter filhos.!!
- Mas há uma possibilidade querido, eu quero muito...
- Olha, eu não quero falar mais nisso. Agora preciso voltar a trabalhar. – Falou Gunther que passara apenas quinze dias em casa depois da ultima viajem. - Dessa vez vou passar um mês fora, mas eu vou pensar nesse assunto pra ver se você me deixa em paz.
- Sério? Promete mesmo? - Perguntou ela eufórica com o que acabara de ouvir. - Obrigada amor eu sabia que pensaria em mim.
-Nem uma palavra quando eu voltar, deixa que eu falo. - Ordenou seu marido ao sair pro trabalho.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Dlagan Onovall - capitulo 4°




- Mamãe, já faz dois anos que a Dynna morreu e eu fiquei sozinho cuidando do Dlagan e já está na hora de tocar a minha vida, você não acha? - Perguntou Gunther com o filho no braço.
- Que bom meu filho que você pensa assim, eu fico muito feliz. - Falou a senhora de cabelos grisalhos.
- Obrigado mãe. - falou o filho dando uma pausa procurando palavras. - E é pensando nisto que eu arranjei outra mulher e vou me casar em breve.
- Mas já? Assim tão de pressa? - Exclamou Elenee, sua mãe, muito surpresa com a notícia.
- Sim. E nós vamos morar numa cidade pequena, fica um pouco longe daqui, porém muito aconchegante.
- Comentou Gunther sem jeito, pois estava planejando algo.
- Você tem que ir mesmo atrás da sua felicidade meu filho, eu desejo que vocês três sejam muito felizes. Escrevam uma nova pagina em sua vida, sei o quanto foi duro pra você ao perder a sua esposa. - Falou com um carinho maternal.
- E esse é o problema mamãe. - Gunther deu outra pausa até continuar a falar meio gaguejando.  - Eu... Eu vim aqui pra te dizer que vou deixar o Dlagan com a senhora, e prometo que venho visitá-lo nas horas que precisar.
- Mas ele é seu filho, tem que está sempre com você Gunther.
- Mas mamãe!!. - Gritou com dor ao dizer as palavras. - Ele me faz lembrar a Dynna e todo que eu quero nesse momento é esquecê-la, você mesmo disse que eu tenho que mudar a pagina da minha vida e com ele não dá.  Quero tocar a minha vida.
- Mas meu filho não é assim que se faz pra mudar de vida. – Enfatizou  -  Ou o seu filho não significa nada pra você?
- Toda vez que eu olho pra ele me lembro de tudo e é aí que está o problema. Eu tenho certeza que foi ele que matou a Dynna.
- Não diga besteiras. – Reclamou aos gritos Elenee, pois não admitira dizer isso com o seu neto. - Ele é só uma criança.
- Bem. Eu só vim perguntar se a senhora pode ficar com ele, se não eu o entrego a outra família que cuidou da Dynna. - Falou Gunther sério e decidido.
- Você seria capaz de fazer isso Gunther?
- Sim. Claro, e já me decidi. Vai querer o garoto ou não?
- Que gritaria é essa? O que está acontecendo? - Nesse momento entra a irmã do Gunther  às quedas.
- O seu irmão não quer mais o filho. - Falou a avó triste ao ver os dois filhos.
- kkkkkk!!!. E quer entregar o filhinho pra quem?
- Perguntou Gim com desdém.
- Se a mamãe quiser. - Retrucou Gunther, para que sua mãe cedesse ao pedido dele.
- Tá de brincadeira?  De jeito nenhum eu vou querê-lo aqui. As duas já está bom demais, e outra, ela não está em condições de criar ninguém.
- Quantas você bebeu hoje hem? - Criticou Gunther querendo criar uma confusão, pois sua mãe não suportaria vê-los brigando e cederia de uma vez por todas. - E olha que não está nem na metade do dia.
- Que nada.  Eu só tomei duas doses e você não tem nada haver com isso, da minha vida cuido eu tá?
- Muito bem Gunther. - Falou sua mãe para interrompendo mais falatórios entre os dois. - Já que é assim eu fico com o meu neto, mas com uma condição, não o deixe sozinho. Não abandone.  Ele é seu filho.
- A senhora ficou louca? Vê que não tem condições de criar esse garoto. Já esta velha, não pode nem cuidar de se mesma. - Gritou Gim segurando na mesma para não cair da embriaguês. - E não venha pedir a minha ajuda, se quiser cuidar desse zinho ae, é por sua conta, eu não quero nem saber,  só não diga que eu não te avisei.
- Cale essa boca Gim. - ordenou Elenee com autoridade.
- E ver se toma um bom banho gelado pra tirar esse mal cheiro de bebida. Já pro banho vamos.
- Mamãe, obrigado por ficar com o Dlagan. - agradeceu Gunther triste de uma certa forma, mas decidido no que queria. Pois não voltaria atrás, e seguiria em frente.
- Eu vou ser muito feliz eu prometo, e não se preocupe que eu venho visitar ele.
- Eu espero mesmo que você cumpra com sua palavra.
- Falou a sua mãe pegando o jovem inocente Dlagan nos braços que não entendia nada do que estava acontecendo,
- Seja muito feliz meu filho.
Com isso Elenee deu as costas pro filho trancando a porta e segurando o seu único neto a quem tanto queria bem, não importava o que a sua filha dizia, ela iria cuidar muito bem dele, pois  Onovall era também uma parte dela, a mais preciosa e não abandonaria como os seus filhos fizeram, até porque ela não conhecia o paradeiro de ninguém da família de sangue dele. Até achava isso muito estranho, mas nunca fez nada, e assim o garoto ficou por muito tempo.
Dlagan Onovall ia crescendo a cada dia, e tendo entendimentos, uma vez por ano via o pai. Soube como a mãe falecera, o porquê o pai não morava com eles, e que de uma certa forma estava só, pois a única pessoa que era amorosa com ele era sua avó. Com isso ele ia crescendo sozinho não tinha e nem queria cultivar amizades, a maior parte do dia estava deitado no seu quarto contemplando um telhado velho imaginando o nada, estava sem ânimo algum. Levava uma vida medíocre.
           Até que um dia exatamente aos seus onze anos de idade, sua avó veio com um laudo médico. Muito aflita e triste.
- O que a senhora tem vovó? Perguntou Dlagan.
- Estou com uma doença muito grave meu filho. – Falou Elenee desconsolada.
- Mamãe como foi os exames? - Perguntou Gim que por um milagre ainda estava sóbria.
- Nada bom minha filha. Nada bom.
- Meu Deus, não acredito!! - Exlamou a filha perplexa olhando os exames com resultados que não esperava.
 – Tem certeza que eles são da senhora mamãe?
- O que está falando neles? - Perguntou Dlagan curioso com a aparência repentina das duas.
- Sai pra lá pirralho. Isso não interessa a você. - Gritou a sua tia, pois não suportava o garoto.
- Eu já te pedi Gim pra você falar com ele direito, será que pelo menos agora você pode fazer isso?
- Por que falaria mamãe? Olhe só o pai dele, já está demorando a visitar e eu que estou errada? Eu não gosto dele e pronto, não peça pra que eu venha mudar isso.
-É. Já está na hora dele voltar a ser pai novamente, eu não sei até quando estarei viva, infelizmente. – A pobre senhora falou isso fixando os seus olhos em seu neto, triste e pensando  no seu filho que tanto parecia com ele quando criança.
         E meses depois a avó veio a falecer, da doença terminável, com isso,  Dlagan veio ficar mais sozinho ainda, sua tia jamais daria os cuidados certos como sua avó,  pois só vivia bebendo nos bares e quando chegava em casa batia nele por nenhum motivo e ainda agredia verbalmente dizendo que ele estragou com toda sua família. Até que os vizinhos ao verem a situação, localizaram o pai. E o obrigaram a cuidar do filho ou seria preso por abandono.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Dynna Onovall - capitulo 3º


          E chegando em outro mundo foi acolhida por uma simpática família humilde, que cuidou dela como se fosse sua filha, dando na medida do possível alegria, conforto e paz. Constrangida, ela não podia revelar-se, e deixou que a natureza seguisse o seu rumo.
                                          Sua filha ia crescendo, ficara bonita e formosa, porém sem poderes algum. Então sua mãe achou que algo dera errado na profecia, e como não tinha como voltar ao seu mundo, envelheceu com o tempo e faleceu depois que sua filha casara.
                                          “A simpática família sempre quis manter contato com sua “neta”. Era assim que a chamavam. E viveram sem notar nada de errado, nem mesmo as tonturas que a menina vinha tendo, pois achavam que era por conta de sua gravidez.
                                     Pois ela Dynna Onovall, não sabia que era por causa do acumulo de poder que fora crescendo em sua gestação.O seu marido por outro lado, não vivia muito em casa, gostava de farras, amigos e sair. Porém não deixava faltar nada em sua casa.
                                       E chegando o dia de Dynna ter seu bebê, estava sentindo muitas dores, até que foi levada a uma maternidade local, o seu marido não adeixava  só, nem por um minuto. Feliz por ter seu primeiro filho. E ansiando para que tudo isso acabasse logo e pra também saberem qual o sexo do filho.
                                     Dez minutos depois ela começou a sentir falta de ar, em seguida de hemorragias interna. Os médicos não souberam a causa,  pois dera tudo certo no parto, porém Dynna estava enfraquecendo até que seu coração parou  e foi anunciado o horário do óbito. Dynna Onovall falecera às 15:30h.
                                     O seu marido ficou apavorado, e suplicava aos médicos para que eles fizessem algo. Mas sem saber a causa não adiantaria fazer mais nada. Então Gunther pegou o seu filho. Muito triste o levou, achando que o pequeno bebê tinha sido o assassino . Mesmo assim ele atendeu ao pedido final de sua esposa: chamando-o de DLAGAN ONOVALL. Pois não queria colocar seu sobrenome no filho que matou a própria mãe. Deixando somente o sobrenome da família dela.